quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Meus diferentes oitos de novembro



In collo Matris Dei

Hoje é dia de render graças a Deus, a vida, a amizade e a solidariedade que recebi a oito anos atrás. Tenho uma gratidão especial a tantos que num dia como esse estavam vivendo a intensidade de uma segunda feira com suas atividades escolares, seu cansaço do primeiro dia de trabalho na semana e tantas outras coisas e se dispuseram a ajudar-me a levantar do grande acidente de minha vida. Naquela simples bicicleta descia eu por um lugar tão conhecido e que acabou em um acidente grave que me custou alguns pontos na cabeça e um pedaço da mesma a um “gato” (brincadeira do médico a minha mãe, ao comunicar a retirada do pedaço de osso do meu crânio), mas também uma verdadeira experiência de valorização da vida.
            Sim, aquela experiência fez-me ver o valor de cada movimento de minha vida, ao inclinar-me e acabar batendo no chão e tendo pelo menos 3 convulsões. Fez-me descobrir que ajuda solidária é um ato eticamente humano, quando aquelas pessoas desconhecidas foram prestar-me os primeiros socorros. Aquele pequeno tombo e grande acidente fez-me conhecer o poder da oração de amigos e familiares em busca do meu próprio bem. Fez-me ainda encontrar nas palavras de amor e sabedoria materna e paterna mais segurança do que a inteligência calculista de alguns profissionais.
            Por isso e muito mais, tenho gratidão a cada segundo vivo e amo essa vida como nunca antes pude amá-la antes. Naquela madrugada, a disponibilidade do médico e o carinho de todos que me amavam fez-me sobreviver e dizer que queria continuar minha caminhada de descoberta de cada segundo nesta existência, por isso me levantei logo após o procedimento cirúrgico e quis correr num lugar que nem mesmo conhecia. Mas, acima disso tudo, o sono dos medicamentos me fez descobrir que respeitar minha humanidade é amar os sonhos novos e fascinantes que a história me preparava.
            Por isso, aqui estou eu, neste dia, comemorando um novo aniversário talvez. Gratidão e alegria à aquele momento e a todas as pessoas (conhecidas e desconhecidas) ao ajudarem-me sem esperar nada em troca até hoje.  Mas, além disso, obrigado Meu Deus humano, por me deixar acordar apenas no dia 10 de novembro e descobrir que o melhor de todos aniversários poderia ser comemorado em um hospital – onde pude ver que a vida é também composta de sofrimento, mas nem por isso deixou de ser uma vida digna de ser amada. E ainda agradeço por ter-me esquecido de todas aquelas quase 12 horas, pois assim tenho a liberdade de reinterpretá-las e redescobri-las a todo momento.


JACKSON DE SOUSA BRAGA
Lembrando o que não está em minha memória,
08 de novembro de 2012, 23h.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Donde vem o vazio no existir?



Uma pergunta: “Para quê?”
Para que o ontem a perturbar o hoje, que morre no amanhã?
Para que o nada, sendo que o tudo me ocupa a mente?
Para que o inferno, sendo que a vida está já aqui?
Para que a solidão, no meio da multidão suicida?


Um desejo: “Compreender o nada!”
Compreender o nada consumidor do tudo, no tempo e no espaço.
Compreender o nada do conhecimento, em meio a tantas opiniões.
Compreender o nada de cada palavra, ao dizer o silêncio.
Compreender o nada dolorido do mal.


Uma paixão: “O viver!”
O viver da compaixão, em meio ao ódio, à cobiça e ao poder.
O viver da caridade, no mundo do capitalismo neoliberal.
O viver da amizade, em meio egoísmo altruísta.
O viver do amor, em meio a objetivação do pobre.


Um Fim: “A dor do mal!”
A dor do mal de manter vivos os pesadelos mortais.
A dor do mal em manter a morte inquietando-me.
A dor do mal em salientar o sofrimento.
A dor do mal em ser mal.



Jackson de Sousa Braga
Depois, 16 de outubro de 2012, às 23h05min.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Lendo as estrelas...




No doce silêncio da noite, encostado na janela do mundo e rumo à visão da morte, constatei a pobreza da linguagem: Pobres são as palavras! Corria perdidamente por caminhos conhecidos, mas num momento escondido da vida. Sim, ouvi o que meu coração temia: a fraqueza do dizer. Não sei por que estou a testemunhar isto aqui, mas sinto-me obrigado a suportar essa entrega de palavras ao mundo do barulho – ou melhor, da conexão.
            Não se engane com minhas palavras, pois elas também se fizeram fracas neste momento. Constatei que não sou compreendido, que talvez ninguém seja. Constatei, vendo as estrelas, que a linguagem é só um modo falido, que encontramos para sair da solidão humana. Ouvi o palpitar de meu coração apaixonado e vi que a linguagem era pobre o bastante para não saber se expressar. Disse ao silêncio sobre minhas dores e as palavras morreram no vento que as levou. Cheguei a perder a esperança na confiança de ser compreendido.
            Chorei amargamente diante das estrelas e chamei-as para junto de mim, porém elas me olharam e deixaram apenas seus sorrisos brilharem. Neste momento, experimentei a angústia de ser aquele que fala, mas que não sabe ser compreendido. Vivi o tédio de falar ao mundo o que penso e não ser jamais envolvido pelo outro. Quão triste foi constatar, em minha solidão, que a linguagem é uma noiva cadáver.
            Sim, ela é uma noiva, pois estou condenado a suportá-la em minha existência e amá-la como se fosse meu único remédio para o diálogo. Entretanto, ela é cadáver, pois morta vive a apodrecer o silêncio e viva consegue morrer nos ventos dos sentidos, sentimentos e razão... Por que ouso utilizá-la ainda? Por que a linguagem não é tudo, mas o tudo só se expressa na linguagem?
            Que dor é essa que aborrece o meu ser? Por que estou a lhe dizer isto? Por que sou compreendido por seu entendimento, mas desconhecido pelo seu ser? Pobre de mim, por falar aos ventos o que o silêncio já não suporta! Pobre de mim, por ser um ser de linguagem, sem nem mesmo acreditar na sua compreensão. Calo ou não me calo? Se me calo, estou a dizer o silêncio, que não pode ser dito; se não me calar, continuo a me comprometer com a linguagem fraca, pobre e sem vida.
            Resta-me o paradoxo, de continuar a dizer o que não é compreendido ou silenciar para continuar a não ser compreendido.


Jackson de Sousa Braga
Na estrada com as estrelas, 9 e 10 de setembro de 2012

sábado, 21 de julho de 2012

"País das Lágrimas"


Hoje, eu estava lendo o livro do Pequeno Príncipe e me deparei com o “país das lágrimas”. Somos, enquanto animais humanos, os senhores das lágrimas e amante das mesmas. Na maioria de nossas experiências (físicas, psíquicas e espirituais) trazemos as lágrimas como uma reação. Além disso, somos seres que vem a chorar (trazer lágrimas) para nascermos da melhor forma possível. Somos amantes das lágrimas e também fugitivos das mesmas.
                Somos amantes das lágrimas, porque acreditamos que elas são nossas válvulas de escape. Acreditamos no seu poder de limpar nossas almas das dores da existência. Acreditamos que as lágrimas carregam no olhar a contrição do erro e a vitória do justo. Amamos as lágrimas pela sua capacidade em expressar a nossa confiança na misericórdia do (O)outro. Encontramos nelas a explosão da vitória trabalhosa e a confiança do suor bem empenhado. Enfim, somos amantes das lágrimas, pois sabemos que elas são a melhor forma de tornar físico o que não pode ser físico.
                Porém, somos também fugitivos! Fugimos de sua capacidade de manter viva a dor e a angústia de dias sombrios. Santo Agostinho tinha o costume de dizer que “as lágrimas são o sangue da alma” e acredito que o dizia para nos lembrar da capacidade que elas têm de nos retirar a vivacidade de nosso ânimo. É através delas também que expressamos a ira de corações escravizados pelo ódio, pelos ciúmes e pela raiva. Enfim, somos fugitivos das lágrimas, porque tememos o seu poder de tornar expresso o mal nas linhas de nossa face.
                Minhas palavras agora querem se voltar para o sussurro que os gemidos humanos carregam junto às lágrimas. Ouça-me, ó lágrimas, que escutarem ou lerem essas palavras: Sou um suspeito! Sou suspeito de soluçar esperanças mortas, prazeres frios, paixões cheias de cobiça... também sou suspeito de chorar as conquistas laboriosas, o nascer do amado, o amor difundido... Contudo, não sei bem o motivo de cada lágrima. Porém, não deixo de acreditar que um dia vou desvendar seus mistérios e encontrar, como um pequeno príncipe, o revelar-se do oculto de sua fonte: “É tão misterioso o país das lágrimas”.
                Diante de minhas próprias palavras – ousadas talvez pela minha culpabilidade suspeita – só me resta o doce e amargo silêncio da solidão. Tenho a certeza de que as gotas de sangue jorrarão do coração de minha alma, porém a confiança nos doces sentimentos e nas alegrias  esperançosas alimentarão minha confiança na existência.



Jackson de Sousa Braga
Na solidão silenciosa,  21 de julho de 2012 (22h13min)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Vivendo e morrendo...


“Suportando-me a mim mesmo!”

Estou aqui, na existência! Nunca pedi para vir aqui, nem mesmo desejei ser jogado onde estou. Compreendo-me como um homem insatisfeito, inquieto, angustiado, perdido... meu coração vive um momento de falta de sentido. Sim, sinto-me agora sem um bom sentido. Questiono-me em relação à presença de Deus e qual é a sua real função. Agora posso compreender esse homem absurdo que sou...

Sim, esse homem absurdo começa deixar-se compreender em minha existência. Começo a compreender o quanto me faz falta o doce beijo da mulher amada, o prazer de tocar suas curvas e de satisfazermo-nos... Sinto-me imerso na saudade de gozar o sopro da natureza, de encantar-me com brilho das estrelas, de saborear em minha pele a saciedade de um banho de chuva. Meu coração não é apaixonado com os sacrifícios e dores de um preceito ou lei, mas antes se rejubila nos prazeres do corpo e da vida. Sou um homem absurdo que deseja apenas aproveitar, com a maior intensidade possível, os prazeres e encantos da vida, sem pensar nas possíveis condenações futuras.

Entretanto, o mal está na existência! Todos esses desejos não passam de esperanças, que podem morrer e que muitas vezes nem se concretizam. Sim, o mal existe aqui! E não me venha com essas “babozeiras” e histórias sobre sua racionalização... Eu odeio o mal, mesmo sabendo que odiar já é um mal... Sou obrigado a sofrer e ter que suportar àquele “outro infernal de Sartre”, mesmo o amando como o “outro de Levinas”... Vivo isto, que muitos chamam de vida e que eu estou jogado...

A cada dia me revolto com o meu e o sofrimento alheio... Não me venha também com aquelas chantagens emocionais onde devo suportar o meu sofrimento, a exemplo do outro... Sou pregador dessa linda exortação afetiva e como diz o próprio termo: “prego”, ao invés de “receber a pregação”... agora só tenho desejos e como desejaria satisfazê-los e encontrar-me com o único gozo que encontro nessa vida...

Ah, chega! Ficar comigo mesmo e curtir o silêncio que me ensinaram é bom, mas cansa – tem vezes... Por isso, vou em busca desses desejos. Com certeza não terei todos satisfeitos, mas agora o que me cabe e é possível, eu quero. Ah! Se não gostou ou achou-me um louco solipsista, então espere o dia de seus próprios assombros e compreenda. Mas, se ainda achar-me um ateu ou ainda um mimado vagabundo... posso sê-lo, não ligo! Ou melhor, ligo sim e me revolto com você também!

JACKSON DE SOUSA BRAGA

Indiferente, 11 de março de 2012

P.S.: Ainda tenho que suportar esta consciência ética? Sim tenho! E ela não quer deixar-me imergir nos prazeres que desejo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Saindo do mundo!?


"não existe pátria para quem desespera e, quanto a mim, sei que o mar me precede e me segue, e minha loucura está sempre pronta. Aqueles que se amam e são separados podem viver sua dor, mas isso não é desespero: eles sabem que o amor existe. Eis porque sofro, de olhos secos, este exílio. Espero ainda. Um dia chega, enfim." (Albert Camus)

Já ouvi: “o meu reino não é deste mundo!” e “o meu reino é deste mundo!” Já ouvi também que “somos outro em relação a nós mesmo!” e que “o outro é um eu”. Diante de tais frases enunciadas me pergunto: Foi, é ou será?... sim essa é minha pergunta; é uma pergunta humana, com palavras humanas e conhecimento pequeno. Gostaria de descobrir com ela se o meu mundo ou melhor o outro mundo faz parte de mim...

Deixe-me explicar melhor: meus questionamentos vão em direção a descoberta deste mundo que está me perguntando e fazendo-me perguntar sobre os motivos de me encontrar nele; encontro-me perdido em meus dias e noites... não sei mais rezar, não sei mais ser paciente, tem horas que duvido até de minha capacidade de amar... só sei olhar para essa vida como um terceiro, que quer compreender o autor, sem nem mesmo ter compreendido o enunciado e a linguagem da obra. Sou um perdido! Um vagabundo das descobertas... Mas, alguém que sabe amá-las como nenhum outro amante poderia amar...

Sou um filho das buscas gregas, das angústias patrísticas, da dúvida moderna e das incertezas contemporâneas... sou tudo isso ao mesmo tempo! Sou esse ser jogado no tempo e que não acredita em sua existência... talvez duvide da minha própria... sinto falta dos beijos ao a descobrir a beleza da Coragem... Sinto falta da amizade que sorri ao lembrar-se das diversões do passado e que sofre junto os padecimentos... sinto falta, até mesmo, dos momentos de solidão e do silêncio ao descobrir...

Ah! Quanta saudade do meu namoro das estrelas... da contemplação da lua e da percepção do infinito... Perguntam-me se me arrependo deste passado? Talvez. Talvez de não tê-lo vivido com maior intensidade! Mas, não gostaria de sofrê-lo novamente... Só queria que os melhores sonhos dele viessem a se realizar neste presente e que o encanto do futuro sonhado fosse já palpável no agora...

Sim, esse é o desejo de todos! Mas, eu não desejo que venha na facilidade do dia a dia e sim na luta e no suor de todos os dias... desejo batalhar, como um guerreiro, mas só que sem armas... enfim, sou o que foi, sendo o que é e que busca o será... em tudo isso, vou levando essa vida e/ou essa vida me levando, para onde? Não sei... mas, com certeza, ouso dizer: QUEM NÃO SABE O CAMINHO DEVE CONTINUAR CAMINHANDO...

Jackson de Sousa Braga

Itabirito, 2 de março de 2012

Dia Nacional do Turismo

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O encanto das flores e o doce perfume da família



A família é o maior bem de toda a sociedade. Todo ser humano precisa de estar vivo e ativo em uma família. Acredito que vale a pena comparar a família com um jardim, pois tem o grande encanto de seu perfume e flores, os quais nos preparam para oferecer aos outros a beleza e amizade de nosso ser.

Antes de plantar um jardim, os jardineiros e jardineiras precisam conhecer o ambiente, escolher a terra, selecionar o adubo necessário, olhar os tempos e estações do ano apropriadas para o plantio... Quando atingirem o momento certo acontece o plantio que vem acompanhado de um aprofundamento da terra pela semente. Os jardineiros (as) têm que estar atentos ao todos os momentos das plantas, sabendo em que momento nasce o broto; quando ele precisa de água, de adubo, de sol, de proteção, de poda, de capina etc. Em seguida, quando a flor se desenvolve, ela precisa se proteger a si própria; ela precisa criar as mais belas rosas que puder oferecer ao mundo; ela anseia buscar as mais profundas raízes para encontrar o sustento e forças necessárias para se manter de pé; finalmente, ela deve criar mais sementes para que possa propagar seus encantos pelos jardins do mundo.

Mas, às vezes, existem momentos de chuvas fortes. As chuvas vêm acompanhadas de grandes ventos e exoradas, cuja força tenta destruir e danificar toda a planta. No início da caminhada cabe aos jardineiros (as) cuidar e zelar para que não se perca nenhuma de suas plantas. Porém, após o fortalecimento e estabilidade do caule, a planta se incumbe de se proteger e de proteger cada flor que puder oferecer ao mundo. Destaca-se que as chuvas são boas, porque enchem a terra de nutrientes e mandem sua umidade. Além disso, prepararam e ensinam as flores para as próximas chuvas que virão.

A família é como um jardim! O homem e a mulher precisam se conhecer, preparar um lar, escolher os melhores sonhos juntos, olhar o momento certo da união e da geração... Quando atingirem o momento da união e formação do lar, unem-se no plantio que vem acompanhado do encontro de amor entre as virtudes do casal e a fragilidade de suas pessoas. É graças à atenção que dispensam a sua união e ao solo de seu lar que se originam os frutos de seu amor, pequenos e frágeis no momento do nascimento, por isso necessitam tanto reforço, amor e carinho do homem e da mulher. Esses pequenos seres necessitam do leite maternal que além de alimento dispensa o carinho maternal; do sustento que o amor paternal entrega com o suor de seu trabalho, cheio da benevolência paterna; e diante do frio, das carências e dores, sua bondade será a certeza e convicção de melhor remédio. Quando esses frutos crescem são convidados a oferecer alegrias aos seus criadores, cujo amor e serviço continua firme e fiel.

Mas, às vezes, existem os momentos de sofrimentos em suas vidas. Essas dores e sofrimentos causam muita tristeza, cuja força é temida por todos, pois abala as estruturas mais fundamentais da família. O fundadores da família são chamados a serem sinal de união e exemplo para seus frutos e mesmo diante do erros uns dos outros devem se dedicar para se entender. Porém, após o desenvolvimento daqueles frutos, os pilares podem ter algumas dores e sofrimentos causados pelos frutos e ambos precisam mostrar o respeito e dedicar-se em melhorar sempre – tendo sempre em vista a união e a fortaleza que são os melhores filhos do amor.

Portanto, só posso dizer que uma família que se aprofunda no solo do amor só pode gerar flores cheias de brilho; jardins encantadores, por sua beleza; filhos que poderão oferecer sementes da melhor qualidade; enfim, a família é como um jardim, porque é capaz de manter em todos os tempos as mais lindas paisagens, cujo fruto são os melhores perfumes da dedicação, da fortaleza, da segurança e, prioritariamente, do AMOR.

Jackson de Sousa Braga

Ouro Preto, 18 de setembro de 2011