quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Um 10 de novembro diferente!

Ano passado escrevi, no meu aniversário, o “Mais um 10 de novembro...”. Este ano não tinha planos de escrever nada, porém devido às particularidades que aconteceram, decidi escrever para deixá-las digitadas nos traços de minha história.

Todos os anos anteriores, lembrei-me do temor que a morte traz, visto que todo aniversário é um momento que se celebra a maior proximidade da morte. Entretanto esse ano me motivou a rever um pouco essa tristeza e tornar-me um maior positivista em relação a esse momento. Gostaria de expressar em poucas palavras as alegrias que pude passar esse ano e deixá-las como uma motivação de vida.

Num primeiro aspecto, gostaria de expressar a alegria de viver. É verdade que cada ano é um ano mais próximo da morte, porém, observando de outra perspectiva, é também um momento de se celebrar a oportunidade de mais um ano de vida. Quanto maior é nossa idade, maior é nossa oportunidade de estar junto à existência e à vida. É um momento a mais para existir com o amor, com as alegrias, com as descobertas. É bem verdade que a dor, o sofrimento e as angústias existem também, entretanto vejo-lhes e percebo-lhes como constituição de minha vida. É impossível eu tirá-los de minha existência, contudo eles me fazem viver a busca do sentido de minha existência. Eu só posso buscar o sentido, quando eles me motivam a viver a busca.

Além disso, comemorar mais um ano de vida é uma oportunidade de festejar a vida de nossos amados. Tenho mais um ano de vida hoje e sei que é a presença de tantas pessoas que fizeram com que eu chegasse até aqui. Vejo, no olhar de minha mãe, a confiança e alegria de completar a realização de meu sorriso. No olhar de meu pai, vejo o apoio e alegria de poder sempre ensinar e ajudar. No olhar dos grandes amigos e irmãos, percebo a alegria de serem motivadores de minha alegria.

Porém, só tenho uma reclamação com a natureza e com Deus: Onde está a chuva? Sei que desejaram me dar a graça de ver as Estrelas e a Lua, das quais sou um eterno amante. Porém, a chuva sempre é a marca registrada deste dia. No meu texto do ano passado afirmo: AMO NOVEMBRO: Por ser meu, por ser o mais lindo com suas chuvas e por me preparar para o fim que se aproxima subitamente... Sua presença, minha querida chuva, fazia-me ver as graças de um caminho de colheitas; a abundância do amor de Deus que manda suas graças do céu; o meu contato com a natureza em seus banhos; as lembranças de infância e adolescência; finalmente, fazia-me perceber que você é minha fiel e escudeira amiga de caminhada, principalmente rumo a Viçosa...kkkkk

Mas, enfim, eu sou tudo isso! Sou feliz pela presença de meus amigos, sejam eles próximos ou afastados; sou um encontro de realizações do amor que me faz buscar as conquistas de um ideal maravilhoso; sou um filho que encontra o seu maior presente: O AMOR; sou um irmão que sabe do fraternal amar; sou um amigo que sabe das grandes presenças. MUITO OBRIGADO A TODOS!

JACKSON DE SOUSA BRAGA

Mariana, 10 de novembro de 2011

Por ocasião de um aniversário sem a chuva!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Estive num hospital

UMA EXPERIÊNCIA MÍSTICA



‘procuro Deus! Procuro Deus?’ (Niezsche)

Prezado a gente, saudações!

Não é necessária uma lanterna, nem muito menos um mercado para sairmos à procura de Deus!

O que precisa?

Já lhe respondo. Só o ser humano, aquele de que você chamava de rio turvo, o qual passa pelas pedras e cai em milhares de abismos. Tem vida e tem morte. Recebe os outros, sejam bons ou não... enfim, esse que caminha sobre a terra, cheio do profundo e do raso; da correria e da mansidão; mas, principalmente de sopro e de água.

Ontem, eu estive em um hospital. Tem o nome de hospital da baleia. Sugestivo o nome, porque a baleia vive nas águas e necessita do sopro para manter seus pulmões. Mas, eu queria destacar o contato com o humano que pude ter. Você deve saber que encontrar com o humano é ver a fraqueza e a grandeza; é constatar o imanente e o absoluto de cada pessoa; é saber de cada necessidade, de cada fartura... Sim, eu vi o humano e procurei pelo divino, procurei pelo que há de melhor nessa vida, procurei pelo bem diante do mal e do sofrimento...

Eu vi olhos que choravam, eu vi as lágrimas da dor, eu vi um olhar que procurava descanso do sofrimento. Sim! Eu vi duas amantes em lágrimas. Ambas poderiam ser amiga, irmã, filha... uma talvez mãe... elas choravam as lágrimas da pessoa que ama, que não suporta ver a dor do(a/s) bem amado(a/s). Tive vontade de olhar para seus olhos, tirar suas lágrimas. Porém, como o divino, só era mais um ali. Eu estava lá, mas minhas mãos estavam atadas a minha falta de poder. Desejava ser herói, mas não passava de uma vítima. Suas lágrimas estavam caindo, como se fosse, em meus olhos. Contudo, meu olhar era só passageiro em suas histórias... Ah! Se você acredita que impossível ver o sofrimento, convido-o a ir até um hospital, como este que fui, e ver que o sofrimento tem rosto, tem olhos, tem boca... é em tudo como você, como eu...

Eu ainda ouvi as palavras que procuravam consolar... ouvi as orações dos sofredores... ouvi o gemido da dor... sim, eu tinha audição. Procurava encontrar as palavras certas, mas era vez de meus ouvidos e não de minha boca. Eu ouvi o que sofre dizer sua dor. Eu ouvi a humanidade ser só humana! Repito a afirmação quanto ao sofrimento: “se você acredita que o sofrimento não pode ser ouvido, então até lugares onde pessoas gritam pela dor e ouvirá o seu som. Sim, eu ouvi a voz do que socorre dizer que estava fazendo o que podia. Eu ouvi o medo da que partia. Para onde? Não sei, mas ela partia...

Eu era mudo... minhas palavras de nada adiantavam. Só estava lá! Falava, mas era tudo inútil... eu perguntava pelo sofrimento e o recebi – codificado em palavras. Minha filosofia, minha teologia, minha psicologia eram inúteis diante do Sofrimento. O que importava era ser médico, era saber curar... só os “curados” podem cuidar dos que não estão curados.

Deus, Jesus, Espírito Santo, a gente... onde vocês estavam? Em mim? Entretanto, minha pergunta permanece diante de seu poder... eu não sou onisciente, eu não sou onipotente, eu não sou onipresente... sou apenas humano! Condenado ao sofrimento, a dor, a morte. Tentava eu compreender porque viver o sofrimento...

Éramos nós apenas...

Eu ouvi outra resposta, ainda. Havia alguém que amava e desejava o bem, porém não queria mais ver o sofrimento do bem amado. Eu não entendo Deus e muito menos você, a gente! Eu me pergunto o porquê disso tudo. O sofrimento de onde veio? Porque está ai? Sim, ele está! Você e Deus já o viveram, mas não o solucionaram... Eu me tornei humano, mas não o suficiente para entender o sofrimento...

Diante disto, só me resta o caos que vivo nesse momento. Sim, caos! O sofrimento não pode gerar outra coisa, senão o caos do físico, do psíquico e do espiritual. Um tal de Zaratustra me disse uma vez que: “é preciso ter um caos dentro de si, para dar `a luz uma estrela cintilante”... então só me resta lhe anunciar, prezado “a gente”, “Saudades daquela estrela”!

JACKSON DE SOUSA BRAGA

Depois do “Hospital da Baleia”, 21 de outubro de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

UM HERÓI DEMASIADO HUMANO: PAI


O Ser humano necessita da presença paterna. A figura do pai surge em nossas vidas mostrando que todos necessitamos de alguém que nos ensine a ser fortes e liderantes, principalmente a frente de nossa história e de nosso cotidiano. O pai tem a função, na família, de exercer a liderança, mas não como um ditador e sim como um mestre disposto ao serviço e amor junto a sua família. Pai tem que ser a figura divina e humana na sua família. Quando se experimenta uma boa relação paternal-filial nossa inclinação para uma relação sadia e bem equilibrada com Deus aumenta.

Os primeiros olhares de uma criança para seu pai lhe mostram um herói. O pai sempre é visto como alguém que é capaz de carregar todo o mundo em seus braços, superando qualquer super-herói que pudermos encontrar – desde o super-homem até o incrível Huck. Contudo, essa força paterna é afetiva e não física. A força do pai mostra que vale a pena viver, pois ele estará ao nosso lado para nos amparar e nos orientar.

Também poderia me lembrar que o pai é o primeiro grande jogador de futebol que podemos ver. Seu talento é inigualável! Quando o vemos em um campo de futebol aprendemos que se deve vencer as dificuldades; olhar atentamente a meta que se tem pelo caminho; visualizar as oportunidades; fazer os gols necessários e principalmente mostrar que o importante naquele momento não é uma vitória, mas estar com seus filhos e vê-los com um sorriso que brotar de seus corações.

O pai ainda é o grande milionário que conhecemos. Seu dinheiro é quase infinito e sua disposição a trabalhar é maior ainda. Sua sabedoria de trabalho ensina que é um profissional fora do comum. O pai é capaz de ser o mestre da obra de um edifício até o grande mestre da obra da vida. Ele nos ensina desde o montar o nosso primeiro quebra-cabeça até como conquistar a primeira namorada. Muitas vezes, seus ensinamentos são tidos como chatos, porém sua perseverança é maior do que nossas reclamações. Ele sabe da importância desses ensinamentos e por isso nos diz: “talvez hoje vocês me achem um chato, mas quando forem pais verão como isso era importante”.

Ser pai é tão especial, mas tão especial que o próprio Deus quis sê-lo. E nós, homens, deveríamos nos alegrar, pois ele nos conferiu tal graça. O amor de Deus foi tão grande que ele partilhou conosco o que havia de mais divino: O SER PAI. Conhecer esse lado divino da paternidade, porém, requer que o pai faça a experiência da entrega. Ele entregou-se para criar seus filhos, deu-lhes o que podia de melhor e agora tem que entregá-los ao mundo. Ele que um dia foi um guardião, um senhor, um protetor de seu tesouro filial tem que entregá-lo ao mundo, sem nenhuma paga, sem nenhuma recompensa material. Pai é exemplo de amor, por fazer a experiência da entrega! Não é dele que nós soltamos nosso umbigo, mas é dele que aprendemos que não somos nossos, mas da vida e da vida plena.

Entro, neste parágrafo, com lágrimas de um sonhador. Acredito que todo homem deveria sonhar com a paternidade. Porém, existem homens que somente pensam na satisfação hedonista e não na responsabilidade junto ao filho (a). Quantas dores causam na humanidade! Quantos sonhos conseguem destruir! Quantas vítimas conseguem produzir! Quantos e quantos perdidos por sua irresponsabilidade. Peço somente que se algum homem que esteja nesta situação ler tais palavras lembre-se de sua responsabilidade e não perca tempo de repor o que já foi perdido.

Porém, aos pais que são realmente heróis e amigos só podemos expressar nosso: MUITO OBRIGADO!

MUITO OBRIGADO! Pelas vezes que nos ensinou a andar de bicicleta. E logo após o primeiro tombo esteve nos levantando e motivando a caminhar. Ensinando-nos assim, que devemos sempre ir rumo aos nossos sonhos e se as caídas aparecerem sua presença será constante e motivadora para não desistirmos.

MUITO OBRIGADO! Pelas primeiras partidas de futebol, onde aprendíamos a abraçar nossos talentos, a lutar para vencer as dificuldades e obstáculos. Mas, sobretudo, por nos mostrar que você era o principal armador dos grandes “Gol-s” de nossa vida. Lembrando-nos ainda que em nossas vidas a felicidade se encontra onde podemos fazer os outros felizes.

MUITO OBRIGADO! Por nos levar para pescar e ensinar-nos que a paciência é uma virtude humana. Mostrando-nos que devemos esperar os melhores momentos, as grandes oportunidades para conseguirmos o que a vida nos prepara.

MUITO OBRIGADO! Pelas suas histórias de infância e adolescência. Cada momento de sua vida que nos contava fazia-nos lembrar que a amizade é uma graças concedida ao ser humano. Com suas traquinagens e atos responsáveis descobríamos que não são os grandes feitos que nos marcam em nossas histórias, mas as pequenas coisas que são nossas maiores educadoras, mesmo que sejam com sorrisos e lágrimas.

E finalmente, PAI, MUITO OBRIGADO! Por nos mostrar que mesmo diante de todas as dificuldades e problemas do mundo contemporâneo vale a pena ser PAI. Muito obrigado por nos ensinar que o maior bem que podemos oferecer para o mundo é um bom exemplo de PAI. Se algum filho sonha em ser pai é porque pode ver que existia um pai bom o bastante para ele seguir seus caminhos.

PARABÉNS A TODOS OS PAIS! NÓS LHE AMAMOS PAI!

Jackson de Sousa Braga

Mariana, 12 de agosto de 2011.

Por ocasião do dia dos pais e do meu pai.

domingo, 10 de julho de 2011

A SOLIDÃO


A SOLIDÃO ME ENSINOU QUE...

Cada minuto é uma aproximação da morte

Cada dia é uma eternidade de memórias

Cada semana é digna duma roda de amigos

Cada ano é o limite do eterno.

A SOLIDÃO ME FEZ PRODUZIR...

As sentenças do poema apaixonado

A Filosofia cheia de angústia e esperança

A sujeira dos prazeres solipsista

As espadas de dor travadas em meu peito.

A SOLIDÃO ME MACHUCOU COM...

Os braços vazios de uma paternidade sonhada

A distância da beleza e doçura dos lábios da amada perdida

O frio que é produzido em uma cama sozinho

A saudade do colo maternal e paternal

A brincadeira sem sorrisos fraternos.

A SOLIDÃO ME PRESENTIOU COM...

pele que cheira suas próprias podridões

Ouvidos que clamam pela audição

Narinas que vêem odores do Mal

Boca que ouve suas próprias palavras

Olhos que sentem a frieza das cores

A SOLIDÃO ME CRIOU...

O ódio para ser filho do amor

A escuridão para iluminar o claro

A dor para aliviar a felicidade

O frio para agasalhar o calor

O nada para completar o tudo.

EM FIM, A SOLIDÃO É UMA LOUCURA QUE LEMBRA QUÃO ETERNA É CADA COMPANHIA...

JACKSON DE SOUSA BRAGA

SOZINHO, 06 de julho de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

“CORAÇÃO DE MÃE SEMPRE CABE MAIS UM!”


Esta frase é tradicionalmente ouvida por nós, em nosso dia-a-dia. Muitas vezes sem compreensão plena. Por ocasião desse dia tão especial em que celebramos todas as mães gostaria de refletir sobre a presença da mãe, em cujo coração encontramos essa abertura para nosso encontro do “mais um”.
O que será que quer dizer “Coração de mãe”? Penso que poderíamos nos orientar para a observação de seus atos de amor. Enquanto constituição biológica os corações das mulheres são como todo e qualquer coração humano. Porém, enquanto “sentimento” – sentido dado a coração na frase – esta palavra se refere ao amor, sentimento que impera em toda e qualquer mãe. Coração e amor nesta frase podem ser analogados.
Mas o que esse amor faz?
O amor de mãe tem a capacidade de cuidar das primeiras dores do mundo com a simplicidade de um sopro: “Deixe-me soprar que sara!” O amor de mãe é o único que mesmo diante da dor é capaz de exibir um sorriso ao sentir seu (a) filho (a) encostado em seu seio. O amor de mãe sabe tocar sem ferir, sabe xingar sem odiar. O amor de mãe entrega não só sua presença, mas também sua carne para formação de seu (a) filho (a). O amor de mãe é o único que é capaz de entregar em alimento líquido o que as palavras já não podem dizer. O amor de mãe solta um grito, mantendo a imensidão do silêncio. O amor de mãe é capaz de oferecer perdão ao pior de todos os filhos. O amor de mãe é capaz de compreender o motivo do erro, sem deixar de corrigi-lo. O amor de mãe oferece a palmada, mas a sente em dobro cortando seu coração. O amor de mãe é o primeiro que recebemos e o último que perdemos...
É por isso e muito mais que amor de mãe é chamado de coração, pois sabe colocar na carne o sentimento mais divino que pode haver...
“Sempre cabe mais um”. O coração de uma mãe é capaz de caber mais um filho e ainda tem a capacidade de dar-lhe a mesma maternidade, sem tirar do primeiro (os) nada do que lhe foi dado ou será.
Mas, coração de mãe ainda cabe um...
“Sim, eu lhe perdôo!” Mesmo que o (a) filho (a) tenha lhe tirado os bens mais preciosos...
“Sim, eu lhe entendo!” Mesmo que o (a) filho (a) tenha cometido um erro incompreensível...
“Sim, eu lhe acolho!” Mesmo que o Filho tenha lhe oferecido um tapa, soco, ao invés de um abraço e carinho...
“Sim, vou lhe dar minha mão!” Mesmo que o filho tenha fugido de sua proteção maternal.
O coração de um mãe sempre cabe...“Não atravesse a rua sozinho!” ainda que seja uma rua de amargura e sofrimento, ela está disposta a estar conosco até o fim...
Esse coração que cabe sempre os dizeres: “Deus lhe abençoe!” Mesmo que o (a) filho (a) esteja distante física ou sentimentalmente...
O coração de mãe sempre cabe mais um par de braços que parecem frágeis, porém seriam capazes de moverem montanhas para ver o sorriso de um (uma) filho (a)...
Enfim, o coração de uma mãe sempre cabe mais um “Eu te amo!” talvez simples para quem ver, mas gigante para quem sente...
Pedimos licença a todas as mães para dizermos o que ao nosso coração de filhos sempre cabe...
Com certeza é um MUITO OBRIGADO...
Pelo ventre que nos carregou, mesmo com os chutes e dores fortes que lhe provocamos...
Pelo alimento de seu seio maternal, que nos fez estar aqui...
Por nos ter oferecido suas mãos para caminharmos os primeiros passos e ainda o resgate de seu colo maternal depois do nosso primeiro tombo...
MUITO OBRIGADO!!!
Por nos motivar os primeiros e tantos outros sorrisos...
Pelo alimento temperado de carinho e recheado de amor, que tanto nos saciou e sacia seja física ou afetivamente...
Deixe-me parar por aqui, pois são inumeráveis os obrigados que deveríamos dar às mães, mesmo todos os computadores e papéis do mundo não seriam capazes de comportar...
Mas, uma das coisas que mais sabemos é que seu coração cabe o nosso:
Feliz dias das mães e nós lhe amamos!
JACKSON DE SOUSA BRAGA
Mariana, 05 de maio de 2011.
Por ocasião do dia das mães

quinta-feira, 17 de março de 2011

AH! MULHER




A todas as mulheres, especialmente as que sofrem,

choram e são exploradas em casas de prostuição.

Fico me perguntando o quanto é importante a mulher na história da humanidade.

Ah mulher! Quanto você fez para estarmos aqui; para sorrirmos e para aprendermos a andar. O primeiro nome que, comumente, se fala é mãe, porque é presença feminina e perfeita em nossa vida. É por isso que escrevo, para lembrar a todos que lerem posteriormente estas palavras o quanto admiro e amo este ser, cujo nome é mulher.

Ah mulher! Deus foi tão sábio em sua criação do ser humano que decidiu criar um rascunho, ao qual deu o nome de homem. Logo depois, observando o que faltava neste rascunho, criou a maior obra de arte de suas mãos, cujo nome é mulher. O primeiro homem só era alguém formado da terra, que um dia voltaria para a mesma, ainda que fosse para tirar o alimento com o suor de seu rosto. Já a primeira mulher era a esperança da vida, não é em vão que recebeu o nome de Eva, que significa aquela que gera vida. Sendo assim, a história continua e a mulher permanece sendo a fonte da vida e o homem, muitas vezes, não faz o que deveria fazer que é ir a terra e voltar com o pão. A mulher, hoje constantemente, assume esse papel do homem sem deixar de cumprir o seu com majestade e sabedoria.

Ah mulher! Quanto a amo. Vejo a perfeição de seu ser com um amor desconhecido, para mim mesmo. Vejo a brandura de seus lábios e anseio para que me dêem um pouco da doçura de seus beijos. Vejo o toque de suas mãos e aspiro pela eterna suavidade de seus dedos em meu coração. Vejo a divindade criadora em seu ventre e sonho com o dia em que poderei abraçar o fruto do nosso amor.

Ah mulher! Com lágrimas de amante, entro nesse parágrafo para condenar a exploração de seu corpo por uma sociedade hedonista e capitalista. A mulher foi criada para ser venerada e não explorada. A mulher foi formada para ser amada e não usada. A mulher foi esculpida para ouvir o silêncio masculino ao ver que a perfeição tem nome, corpo e sabe ouvir e ser ouvida.

Ah mulher! Sei que anseia por dias melhores. Sei que deseja ver o sorriso de suas (seus) filhas (os) brilhando no alto de um palco ao receber o diploma de formada (a). Ou em um altar ao entregar-se a pessoa que acredita amar e ser amada (o). Sei que sempre chama suas (seus) eternas (os) meninas (os). Sei que passa por toda humilhação e dor para ver um dia aqueles a quem gerou sorrir e dizer: “consegui!”

Meu Deus, que sóis pai e mãe, homem e mulher, obrigado por me iluminar e fazer com que eu descubra que minhas palavras não são capazes, nunca serão, de dizer o quanto é perfeito essa obra maravilhosa de suas mãos. Só peço licença para dizer uma última frase, que talvez tente resumir meus sentimentos: “ EU A AMO, MULHER!” só me resta agora o silêncio, pois, com ele, tenho a certeza de não errar.

JACKSON DE SOUSA BRAGA

MARIANA, 8 DE MARÇO DE 2011

POR OCASIÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ah, Gabriela!


Quanto tempo já se passou! Desde nosso primeiro contato, nosso primeiro olhar... Lembro-me do vermelho – cor forte que lembra o martírio e a dor, os quais senti e ainda sinto. Lembro-me de sua companhia que tanto confiava e queria, mas que hoje anseio em me afastar, ao mesmo tempo que estou apegado como se fosse minha própria alma.

Ah Gabriela, sua morte foi meu encontro paradoxal. Foi minha liberdade, pois estava livre de suas prezas e garras ferozes e desumanas. Foi, também, meu apego a dor de uma prisão interior e obrigatória para mim e para quem venho a desejar. Espero que esteja livre de suas dores e de sua depressão onde quer que se encontre e que um dia me perdoe por ser o causador das mesmas.

Meu verdadeiro amor não é você Gabriela, porém eu a assumi em minha vida e acabei deixando com que dominasse meus dias. Depois de sua morte em 2007, fui obrigado a tê-la como minha companheira, não por opção, mas por obrigação.

Neste ano de 2010, completam-se 4 anos! Já são quatro anos que lembro-me de você e de tudo que passamos juntos. Sinto-me livre, porém – ao mesmo tempo – sinto-me preso a uma aliança que só me faz lembrar de minha obrigação para com você e com todos os seus.

É o fim de minha palavras, mas pelo que vejo pode ser um início onde vou acabar assinando um termo no qual estará dito que desejo – afirmando-se que é livremente, mas não é – tê-la como minha eterna companheira.

Não se engane, aqui não é o FIM, é simplesmente um COMEÇO...

De Dor ou de alegria, não sei, mas é...

JACKSON DE SOUSA BRAGA

Planeta Terra, VIVENDO, 31 de dezembro de 2010, 19h07min.