sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

“Amor da minha vida!”



O título é sugestiva, quase todos os modos de amar que serão colocados aqui têm o costume de usar esta frase. Tem-se por objetivo pensar os seguintes tipos de amores: irmãos, amigos, namorados e conjugues, filhos e pais. (usar-se-á a mesma ordem).
O amor de irmãos pode ser chamado de amor cúmplice. Pode-se pensar na relação de constante união e cumplicidade, esse amor lembra até do quanto um irmão já quis ver o outro junto dele, sendo um fiel cúmplice. Imagina-se aqui uma irmandade da qual brota companheirismo e brigas, cumplicidade e “dedodurismo”, amizade e rivalidade ferrenha, abraços e socos, ajudas e dívidas... É um grande paradoxo esse amor fraternal, mas não se pode deixar de dizer que é graças ao paradoxo que o amor é manifesto, pois nas rivalidades e rinchas, os irmãos podem sorrir e dizer: “somos irmãos!”. Na sua maioria, podem ouvir dos pais que devem ser amigos e não inimigos. No fundo, um(a ou os e as) irmão(ã ou ãos ou ãs) tem(têm) o outro(os ou as) como uma referência, sabe que seu irmão(a) é alguém que merece ser feliz como ele(a) e deseja vê-lo(a) no topo do mundo junto dele(a) (é claro que não se pode negar que provavelmente vá desejá-lo uma pedra abaixo, mas independente do que for quer-lhe junto).
O amor de amigos é semelhante ao dos irmãos, tem em si uma fraternidade espetacular (deve-se ressaltar que não está se falando de colegas e sim de amigos). Amigo é confiável (em todo sentido). Amigo é o único que entra na briga para não deixar que o outro apanhe sozinho (salvas suas devidas proporções). Amor de amigo é ligado incondicionalmente ao do irmão, porém ele o passa. O irmão chega a oscilar com pequenas freqüências[1]. O amigo passa pelas frequências[2] gigantes e nem mesmo se mostra fraco ou frágil. Engana-se quem supervaloriza somente família. Se tiver um amigo, então com certeza tem um companheiro inigualável, que não lhe deixa em questões complicadas, ainda é ótimo conselheiro[3]. O amor do amigo é cúmplice também, mas nele esta contida a ousadia de conhecer profundamente o amigo, ele sabe muito bem quais serão as reações que o amigo terá diante de tal acontecimento e saberá aconselhá-lo. O amor do amigo é entrega em prol de recebimento mútuo. Ambos devem ganhar nesse amor, sem nenhuma obrigação de sentimento, sangue ou entidade familiar ou social.
O “amor[4] de namorados é que será tratado primeiro aqui, se é que possa sê-lo. Pensa-se que a palavra amor não é apropriada aos namorados, nem mesmo a casais recém casados. Os namorados têm uma paixão, a palavra paixão quer dizer uma oportunidade de se criar amor pelo que se está inclinado. A paixão é uma oportunidade de se inclinar para o que se considera um bem, diferente de amar que é a própria inclinação para o bem que se tem. Paixão é a oportunidade de fazer ou não que se crie o amor, mas este é a prática, vivência concreta de paixões sentidas. Os namorados dizem “eu te amo” e o que há de mais nisso? Deixe-os, pois já estão querendo viver aquilo que há de belo no amar que é a presença, só se espera que tenham consciência do que é amor e do que é paixão e quando disserem a frase citada acima, saibam em que sentido estão falando-a. Os namorados são com certeza potências para amar!
Quanto ao amor dos cônjuges, deve-se dizer que os momentos são diferentes:
1° → “homem e mulher” – será entendido o momento em que estão recém-casados ainda estão na paixão, tem mais potencialidade para amar do que os namorados, mas não amam ainda. Neste amor, ainda tem-se o objetivo de um satisfazer particular e pouco para um satisfazer mútuo, tanto que sempre estão em busca de seus prazeres sexuais.[5]
2° → “marido e esposa” – não existe mais simplesmente uma vontade de ter um prazer particular e sim o desejo do prazer mútuo. Esse amor por volta dos dois a três anos de experiência juntos que tem seu início (existem casos que nem tem início, muito menos fim). Seu vestígio principal são as discussões, precedendo as reconciliações que são propostas por ambos os lados, quando sentem a falta que o outro faz, não pela satisfação de seus prazeres, mas para simplesmente ouvir e estar junto[6].
Este sim, pode ser entendido como amor, pois a finalidade é estar junto do outro, somente para tê-lo ao seu lado. Sua percepção é quando se tem a oportunidade de ver um casal já idoso que sente a falta do outro quando não o tem por perto, ou, ainda, quando um está doente e o outro pode simplesmente dar-lhe ajuda (como comida na boca) com todo carinho de uma mãe para com seu filho. Esse é o próprio amor sem intuito de simples satisfação particular[7].
O amor de mãe / pai[8] não olha entidades, ou regras, quanto mais obrigações para amar. É o único que nasce em questões de segundos. No momento da consciência do filho(a), a mãe toma um toque, ou melhor, uma pincelada de amor que não sabe de onde ou como aparece, mas sabe que surge maravilhosa e divinamente[9]. Ele é paciente, é bondoso, é nervoso... É o que bate (não espanca, mas dá a palmada para educar). Sabe o que vai acontecer e deixa acontecer, para mostrar a liberdade do amado. Porém, não é um amor que deixa de avisar ao seu amado. É o único que se sente ainda mais agredido do que o amado quando este é agredido. É que faz e se oculta. Tem o costume de cobrar tudo que fizera, mas nunca deixaria de fazê-lo novamente e se possível ainda melhor. O amor de mãe é o único que, mesmo desprezado, não consegue ficar sem desejar o bem supremo para quem o desprezara. É o único que não podendo fazer nada pede, ou até mesmo implora, para que o façam em prol do bem daquele a quem ama, sem ter que ver sua satisfação egologística feita, mas que condiciona sua satisfação ao amado (quando pode vê-lo feliz é feliz). Ele não sabe, não crê, não chora, simplesmente vive o amor.
O que há de comum nesses tipos de amor? Pode-se dizer que é simplesmente o que a palavra ser humano e amor representam na linguagem. O amor é condição do ser humano ser ele mesmo e o amor é condicionado ao ser humano, pois somente este pode ter amor.
É necessário apenas deixar uma mensagem: Mesmo que seu amor não for amor, sendo apenas uma paixão, não deixe de dizer a(s) pessoa(s) a quem é apaixonado (a) ou ama: “EU TE AMO!”. Pode ser que essa paixão ou amor não seja correspondido, mas você terá libertado de si a dor de carregar a mais bela motivação de vida.
Este texto é dedicado àqueles que merecem o amor deste autor, pois o amam com um amor que ninguém mais ama nesse mundo. Ainda é necessário dedicar à pessoa que ajudou a fazer este texto, ela bem sabe o porquê desta dedicação.
[1] Freqüência é entendida como momentos de dificuldades, dores, brigas...
[2] Frequências, neste caso, é gigante porque não existem laços morais e/ou sanguíneos.
[3] Não está dito que o amor de família é menor ou equivalente ao do amigo, porém o amor do amigo precisa ser respeitado como o é, assim como o amor de família teve e tem sempre seu respeito.
[4] Será comentada essa palavra e pode-se observar ao longo do texto o porquê.
[5] Ideia tirada do pensamento de “Pura”, fornecido ao autor no dia 12 de novembro de 2009 às 23:29 horas;
[6] Idem
[7] Dedico este parágrafo àquela senhora que velava sozinha seu esposo na Igreja da Boa Morte (Barbacena- MG, no dia 18 de julho de 2009 na parte da manhã). Perdoe-me senhora, por não ter-lhe desejado meus pêsames!
[8] Será usado termo mãe daqui para frente, mas mãe irá designar pai e mãe.
[9] Divino aqui se refere a algo próprio da capacidade transcendental do ser humano e não de alguma (s) entidade (s) divina (s).

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Continuação do Texto: "Porque Deus Criou as estrelas?"


Oh estrelas radiantes em minha vida, me perdoem por ter-me esquecido dos cometas!
Mas, graças a uma estrela esplendorosa em minha vida, cujo nome expressa claramente a sua função, ou seja, ser luz (Lux, Lucis, do latim quer dizer luz) pude me lembrar do cometa e ofereço essa reflexão a ela.
O que, então, significa o cometa em nossa vida? O cometa são as pessoas que passam muito rápido em nossas vida, seu brilho é semelhante ao da estrela. É verdade que passam, mas nunca deixam de ser lembrança significativamente. Algumas pessoas têm o costume de fazer pedidos ao ter a oportunidade de ver os cometas. Assim também é em nossas vidas, temos o costume de depositar nessas passageiras estrelas muito significado, que é válido, pois fazem por merecê-lo – porém, elas passam e por isso sentimos tanta saudades de suas presenças significativas. Tenho certeza que você já sentiu saudades de algum cometa em sua vida. Os cometas são passageiros tanto no céu, como em nossas vidas, mas tão marcantes que sua presença em nossa existência não se consome, antes aumenta e faz-se presente ao longo de nossos momentos de eternidade.
Gostaria de comunicar que o “Porque Deus criou as estrelas?” ainda não acabou, existe o eclipse, o qual ainda está em construção. Posso garantir que o eclipse é a explicação para todas as questões levantadas no texto. Porém, existe uma questão fundamental, que pretendo responder com o eclipse, mas deixo a possibilidade de você fazê-la para mim, aí sim irei entregar o eclipse a você.



Jackson de Sousa Braga

Mariana, 19 de outubro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

SE ME RELACIONO, LOGO VIVO


com o anúncio da morte do bem e do mal, gostaria de ressaltar o que permaneceu: O HOMEM.
O ser humano agora tem toda responsabilidade em si. Sinto-me angustiado, se Deus não existir, passo a temer a morte. Tem-se a possibilidade de não haver nada. E se tudo for finito (inclusive a alma e o espírito)? Existe a possibilidade de eu deixar de ser um ser vivente. Minha vida está acabando, estou perdendo tudo. Poderia me apegar a alguém, mas sofro em saber que sou obrigado a ter um fim. Sartre disse: “estamos condenados a ser livres”, eu completaria que estamos condenados a ser livres na convivência, porém em nossa finitude temos a obrigação de morrer.
A palavra destino passou a existir comigo, tenho que aceitá-la. O destino de todo ser humano é a morte. A única lógica que deve ser respeitada absolutamente, não há fuga ou liberdade para morrer ou viver.
Morrer é uma tristeza, é viver a falta de garantia, é experimentar o fim, que não tem início. Não tem início, porque quando a morte chega só temos o fim, onde o início não conhece a existência. A vida tem início e fim, mas a morte só conhece o fim. Deixo então a questão: “Porque tenho que morrer?” agora compreendo melhor o que Heidegger disse: “Porque ser e não o nada?” Quiçá, fosse melhor nem existir. Mas, agora que existo, porque então tenho que voltar para o nada? Como já disse anteriormente, o nada é a única coisa que me resta.
Será que teremos que ressurgir o bem e o mal, Chamando o bem de vida e o mal de morte? Mas temos a morte como total certeza e não a vida. A vida está acabando. Não desejo a morte e sim a vida, ela é a única garantia que tenho. Entretanto, só a morte é que vem ao meu pensamento; eu não a conheço, só a vejo quando o outro tem sua experiência, se é que ele pode experimentá-la.
Tenho consciência de minha vontade de não me separar do outro, ou melhor, de minha necessidade. O outro é minha condição de identidade, visto que quando o percebo então tenho percepção de mim mesmo. Isso mesmo, o outro é a vida! A morte é perder a percepção de mim mesmo. Eu não tenho consciência de que sou eu mesmo, estão estou morto. Quando estou em relação com o outro tenho a oportunidade de viver. As coisas inanimadas estão como em um estado de morte, tendo existência e não vida.
Podem me dizer: “ora, mas Deus antes de criar o mundo estava só, ele vivia”. Eu os responderia: até mesmo Deus, precisou de alguém que se fizesse outro para viver sua vida, por isso ele é trindade (quero destacar que aqui não afirmo a existência ou não de um Deus, visto que já deixei a questão de sua existência para trás). Podem ainda me dizer, sobre os seres que tem potencialidade para viver (ex.: embriões). Eu os responderia que eles devem ser respeitados com toda a dignidade dos seres que já estão em ato para a relação, pois já temo-los como outros para fazemo-los seres de um “eu”, sua potencialidade os dá possibilidade de serem em ato, logo são viventes em potência.
Quero vida, portanto quero relação com os outros. Não quero morrer, não quero deixar de ver-me na relação. Todo ser que se fecha em si mesmo não tem vida. Concluo então: “SE ME RELACIONO, LOGO TENHO VIDA”.
Agora resta-me a angústia por saber que estou perdendo essa relação com o(s) outro(s). Que estou perto da morte e não sei como fugir dessa triste perda de relações.


JACKSON DE SOUSA BRAGA
1 de outubro de 2009, ás 08:18 h.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Por que Deus criou as estrelas?



Contemplando as estrelas, comecei a refletir sobre o porquê da criação das mesmas.
Antes de chegar a uma resposta, penso que devemos descobrir o que simboliza a noite. Creio que Deus, no momento da criação, não criou um momento de trevas e escuridão, pelo acaso, cujo nome dado foi Noite. Esta, muitas vezes, representa a vida do ser humano, cheia de trevas (trevas aqui entendido como mistério). Porém, Deus, que é amor, não poderia deixar a humanidade viver em trevas e mais trevas, por isso deu origem à lua e às estrelas, para que o ser humano soubesse que Ele e as pessoas boas iriam lutar para que as trevas da vida humana diminuíssem.
Chegamos ao porquê da noite, e pode-se concluir a seguinte resposta: Deus criou a noite para que o homem pudesse ver sua vida. Pois bem, agora voltemos à questão inicial.
Deus criou as estrelas para que víssemos que, mesmo na escuridão, existem brilhos radiantes se fazendo presentes, tais brilhos são as pessoas que chamamos de amigos, eles vivem a encantar as nossas vidas, sempre estão presentes. Podemos acreditar na existência de muitos que nos querem mal. Entretanto, vejo-os como sendo as grandes fendas sombrias que existem entre as constelações, se bem que até mesmo dentro delas existem distâncias escuras. Destaco que as estrelas não nos desejam mal, mas pode ser que existam, ao redor desses pontos luminosos, escuridões cujo objetivo é nos fazer ver as estrelas como trevas, mas devemos sempre ver o brilho do astro e não a escuridão que o rodeia.
É costume que toda criança escolha uma estrela para si. Nós também, na noite de nossa vida, escolhemos vários astros, os quais ficarão conosco e sempre os veremos com destaque, pois aprendemos como as crianças, a localizá-los rapidamente no vasto céu estrelado. Mesmo na multiplicidade das constelações podemos ver as escolhidas, que em nossa vida iremos chamá-las de melhores amigos, ou até mesmo irmãos; ousando ainda mais, anjos.
As estrelas fazem-nos lembrar dos amigos, de pessoas que amamos, dos seres que por um motivo ou outro se tornaram especiais em nosso destino. Gostaria de ressaltar, que em muitos casos, algumas estrelas nos decepcionam. Ao fazerem isso, nós passamos a deixá-las e torcer para que desapareçam. É interessante, pois quanto mais esse desejo aparece em nossos corações, mais ainda essas estrelas são vistas por nós. Pois são nesses momentos que vemos quão importantes e especiais eram para nossa vida.
As estrelas são realmente misteriosas, porém o Rei e Revelador de todos os mistérios as fez para que observássemos o quanto existem pessoas radiantes em nossas vidas. Mas, onde Ele está na noite de nossa vida? Qual o símbolo que ele escolheu?
Acredito que Deus esteja representado na lua, Ele é aquele que as estrelas de nossa vida adoram, por seu brilho esplendoroso, por sua majestosa presença e por sua magnificência. Lembro-me, nesse momento, do Deus da ressurreição ou do Deus do monte Tabor no dia da Transfiguração, o qual brilhava como sol e suas vestes eram brancas como nenhuma lavadeira poderia alvejar. Mas a questão é: como um céu de trevas pode conter todo o brilho e perfeição existentes, que é Deus, na lua?
Responderia que nem mesmo a terra toda seria capaz de contê-lO, nem mesmo o infinito seria capaz disso. Entretanto, Ele, em todo seu amor, se fez pequeno e simples, humano e finito, para salvar a humanidade e concedê-la a graça de tê-lO como seu maior exemplo de vida. Por que não poderia aceitar ser simbolizado no mais luminoso astro que há no céu à noite?
Mas os questionamentos não acabam. Você, além disso, poderia dizer: “mas o que significam as fases da lua? Será que Deus muda em nossa vida?”
Deus não muda, Ele é único, imutável e perfeito. Nós também ao contemplarmos Deus como a lua na noite, devemos estar cientes de que a lua não está mudando, é nossa visão da lua que muda. Assim também é em nossas vidas.
Acredito existir fases em nossas vidas que acreditamos que Deus não está presente, que Ele se afastou de nós. Essa fase se chamaria lua nova, é quando a escuridão tenta tampar completamente a presença de Deus em nossa vida, mas se olharmos bem poderemos ver que o brilho da lua continua firme e sem ocaso atrás daquela escuridão medíocre e fraca. Devo lembrá-los de que Deus, nessa fase, faz com que lembremos da presença importante de nossos amigos, assim como as estrelas se destacam na tentativa da treva de cobrir a lua.
Há também as etapas de nossa vida em que desejamos ver Deus apenas sob um perfil, ou seja, desejamos ver Deus não tal e qual Ele é, mas sob nosso pensar de como Ele deveria ser. Essa etapa é marcada por nossa vontade de ter um Deus bajulador, que nos faça o que desejamos, ou um Deus cruel que irá se vingar por nós. Essas fases, em nossa contemplação da noite, são quando a lua se encontra sob a fase minguante ou crescente.
Pode-se chamar a fase minguante dos momentos em que desejamos Deus como alguém que irá ser cruel, irá minguar os ganhos da outra pessoa. A fase crescente pode ser comparada aos momentos em que desejamos o Ser divino como o um pai irresponsável, cuja função é só atender aos pedidos dos filhos, sem ver que pode estar dando coisas exageradas e realizando desejos fúteis.
Finalmente, a fase, a meu ver mais bela, é a cheia. Essa fase é marcada pelo brilho constante da lua, ela fica majestosa, seu encanto é forte, as trevas ficam fracas. Podemos observar as estrelas como se fazem pequenas e se colocam humildes venerando o astro mais forte do céu. Assim devem ser nossas vidas, devemos desejar que Deus seja o constante brilho e força a nos guiar, Ele será a luz de prestígio inigualável que aclara as nossas escuridões.
Pode ser que você esteja se questionando: “mas mesmo a lua sendo cheia, existem momentos em que as nuvens obstruem-na e às estrelas, por quê?” Posso colocar essa etapa da vida como aquele momento em que alguém tenta interromper nosso convívio com os amigos e Deus, criando nuvens nebulosas para nos afastar deles. Mas, nosso júbilo deve ser que, mesmo essas nuvens sendo densas, se desfarão em chuva que faz crescer as árvores e frutos. Além disso, poderemos ver as estrelas e a lua com mais amor, pois estávamos com saudades. Nas nossas vidas, os que tentam nos afastar de nossos amigos e Deus, fazem com que nossa amizade cresça mais ainda por estes e nossa alegria vai ser mais completa ao vermos nossos amigos e declararmos nosso amor a Deus e aos próximos.
Mostrei-lhe como contemplo na noite a presença do Ser Divino. Louvo a Deus por ter a oportunidade de vê-lO onde tudo parece trevas, escuridão e incerteza, pois nessas ocasiões lembro-me da força encontrada nos momentos de fraqueza.


A diferença não exclui a pessoa do grupo;
a faz, sim, ser única e especial.
Portanto, não seja diferente, mas sim a diferença.



Jackson de Sousa Braga.
Mariana ( texto escrito no dia 16, 17 e 24 de fevereiro de 2009), 13 de março de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O Porém angustiante


Escondo-me do mundo, porém nele mesmo.
Escondo-me da morte, porém caminhando em sua trilha.
Escondo-me do sofrimento, porém ele é o sinônimo de vida.
Escondo-me da dor, porém sinto-a intensamente.

Fujo do medo, porém ele é o único que tenho.
Fujo da angústia, porém ela se tornou minha esposa fiel.
Fujo do ódio, porém desconheço o amor.
Fujo do mal, porém só sei de sua existência.

Procuro Deus, porém só encontro o demônio.
Procuro sabedoria, porém só a ignorância vem a mim.
Procuro a vida, porém estou morto.
Procuro a paixão, porém não me apaixono.

Quero a beleza, porém só tenho minha feiúra.
Quero uma companhia, porém sinto a solidão na cama da morte.
Quero a felicidade, porém só acho tristeza.
Quero a vida, porém sou apenas um ser para a morte.

Tento sonhar, porém vivo um pesadelo chamado vida.
Tento não me apegar, porém agarro-me com medo de perder.
Tento sorrir, porém só aprendi a chorar.
Tento existir, porém sinto-me inexistente ou sem importância.

PORÉM, PORÉM E PORÉM É QUE ME RESTA.







Jackson de Sousa Braga.
Mariana, 5 de junho de 2009, 20:15h.